domingo, 23 de agosto de 2009

Atari 2600 - Era uma vez no oeste...

Olá galera

Volto para fazer mais um “Era uma vez no oeste...” e para falar do grande vídeogame Atari 2600, projetado por Jay Miner e lançado 1977 nos Estados Unidos e em 1983 aqui no Brasil.

Foi um fenômeno de vendas no nosso país, principalmente na época que quase não se podia importar nada (anos 70 e começo dos 80). As primeiras loja a trazê-lo foram nada mais, nada menos que os dois grandes magazines: Mappin e Mesbla.

A
Atari comprou uma empresa de engenharia em 1975 chamada Cyan Engineering para desenvolver um sistema de video game de nova geração, e trabalhou em um prototipo conhecido como "Stella" (nome da bicicleta de um dos engenheiros) por algum tempo. Diferente de máquinas de gerações passadas que usavam lógica de programação própria e fixa para rodar um pequeno número de jogos, o núcleo do Stella era um CPU completo, o famoso MOS Technology em uma versão reduzida (para cortar custos), conhecido como 6507. O design inicial não iria ser baseado em cartuchos, mas após verem um sistema de cartucho falso em outra máquina os engenheiros imaginaram que poderiam colocar os jogos em cartuchos pelo preço do conector e da embalagem.

A chave para o sucesso da máquina foi a contratação de Jay Miner, um desenvolvedor de chip que concentrou vários circuitos em um chip, tornando-o único. Uma vez completo e testado, o sistema estava pronto para a venda. Na data de lançamento, em 1977, o desenvolvimento tinha custado aproximadamente 100 milhões de dólares.

Atari no Brasil
Nos anos 80 era proibido, devido a legislação vigente, a importação de equipamentos eletrônicos em geral, principalmente os da área de informática. Videogames estavam incluídos nisto. Só seria possível fabricá-los aqui e por empresas brasileiras. Não cabe aqui julgar se isso foi certo ou não. O conjunto de leis, atos normativos e demais dispositivos legais que regulamentavam essa prática foi denominada "Reserva de Mercado", a qual culminou com a Lei 7.232 de 29 de outubro de 1984. Existia um órgão do governo, a SEI (Secretaria Especial de Informática) que era responsável por tudo relacionado à área. Para vocês terem uma idéia era preciso uma aprovação da SEI, a qual estipulava um cronograma de "nacionalização", ou seja, quantas e quais peças seriam fabricadas aqui e quantas e quais, que no projeto original eram importadas, seriam sucessivamente substituídas por peças nacionais ou fabricadas aqui. É devido a essa legislação existente à época que se desenvolveu a indústria nacional de videogames. E tivemos um bom sortimento de aparelhos diferentes, o que torna o videogame brasileiro único. Certamente a minha, a sua, a nossa lembrança dessa época são destes aparelhos, seus cartuchos e tudo que rolou na época, aqui no Brasil.

Antes do videogame "explodir" em terras tupiniquins (nos anos de 1983 e 1984) já existia uma boa quantidade de aparelhos "importados" dos EUA e cerca de 95% destes eram Ataris. O auge dessas "importações" ocorreu entre 1981 e 1982, quando muitos - guardadas as devidas proporções - consoles apareceram por aqui e ocorreu a célebre importação e venda de um lote de Ataris comprados pelos dois grandes magazines da época, o Mappin e a Mesbla. Os consoles foram importados, convertidos para o sistema brasileiro de cor, o PAL-M, e colocados a venda. Obviamente não duraram muito nas prateleiras. E ainda nessa época a indústria nacional começou a acordar para o mercado de videogames. Duas empresas, as quais foram às pioneiras, começaram a fabricar cartuchos nacionais para o Atari: o Canal 3 Indústria & Comércio e a Dynacom Eletrônica. Estava pavimentado o caminho para a entrada em definitivo do videogame no Brasil.

Foi uma época muito bacana.

Fui

Fonte: atari.com.br

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