segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Destino: Poltrona - O fascínio por séries de televisão

Olá leitor,

Eis que chega no vagão, com atraso, a segunda edição da minha coluna, que deveria ser semanal. Ok, não digo isso com muito orgulho, afinal de contas, eu deveria ter postado novamente há uns quinze dias atrás - até perdi as contas -, mas a culpa não foi do trem, acreditem ;-)

E cá estou eu, de volta com uma postagem, diria eu, bastante introspectiva, sobre séries de televisão. Afinal de contas, o que há de tão interessante nesses vídeos de, em média, 45 minutos, que nos fazem esperar ansiosamente pela próxima semana?

Antes de mais nada, volto no tempo. Eu sempre ouvia falar sobre seriados, mas nunca senti a menor vontade de assistir, tampouco acompanhar, um deles. Achava bobagem, admito. Para mim, era uma 'novela' com mais recursos financeiros, melhorada. E advinhem só? Eu detestava novelas!

Eis que certa noite, em 1998, zapeando pela televisão em busca de algo interessante, me deparo com uma cena bastante curiosa: uma mulher corria pela chuva, aparentemente sem direção. Parecia assustada. Em determinado momento ela é atingida por um raio. Surge nas caixas de som do meu televisor a memorável música do maestro Mark Snow; eu acabara de ser apresentado a Arquivo-X, um dos maiores fenômenos televisivos da década de 90.

Daquele momento em diante, eu era um eXcer (termo que denomina um fã de arquivo-x). Não perdia sequer um episódio, sempre que escrevia uma frase com a letra X, ela vinha em tamanho garrafal, fui atrás de tudo que se referia ao seriado, conheci outros fãs, deixava a namorada esperando, enfim! Na época, fiz inclusive, o meu pai assinar TV à cabo apenas por descobrir que a Fox iria reprisar toda a primeira temporada da série. Mas e aquela história de novela melhorada? Aonde foi parar? Pois bem, vejamos.

Nós, em geral, temos muito do que Raul Seixas chamaria de 'uma velha opinião formada sobre tudo'. Aquela coisa de: "Só gosto de Rock", "Só gosto disso", "Só gosto daquilo", simplesmente por que uma grande maioria das pessoas consideram 'aquilo' algo de baixa qualidade, ou ainda por saber que, se você disser que gosta, por exemplo, de pagode, para seu amigo, você será taxado como brega, fútil, ou coisa pior. Vejam bem, eu não estou generalizando. Óbvio que muitos de nós não apreciamos algo por realmente não nos chamar atenção, por ir contra nossos gostos, nossos princípios, enfim. Foi apenas um exemplo.

Depois de Arquivo-X, outras séries vieram: Roswell, 24 Horas, Heroes e por aí vai. Só não acompanho mais séries por não me sobrar tempo, mas o fato é que não saberia mais viver sem elas.

Eu, por exemplo, sigo um determinado parâmetro ao escolher uma série. Você dificilmente me verá assistindo cumpulsivamente a, por exemplo, The O.C, One Tree Hill ou outros do gênero. Gosto de ficção (Arquivo-X, Heroes, Alias), ação (24 Horas) ou ainda drama (Dexter, CSI). Não gosto de séries que tentam expressar, de uma forma ou de outra, uma 'realidade', que nem sempre é, de fato, uma realidade. Prefiro sim aquelas que nos façam viajar, conhecer um 'outro mundo', nos desligar, por fim, do nosso cotidiano.

Tá bom, Rafael! Você escreveu, escreveu e não falou nada! Em termos. Na realidade, a questão do fascínio é ímpar, única, personalíssima. Quando começamos a acompanhar um seriado é porque, de alguma forma, houve identificação. E isso acontece com as novelas também, acredite (ou ainda pode acontecer o fenômeno da 'velha opinião formada sobre tudo' no sentido inverso ao do supra citado). Não que eu acompanhe alguma, mas o ponto que eu quero chegar é justamente nesse: identificação.

E você leitor, se identifica com quê? Semana que vem estou de volta, espero por vocês!

Em seus assentos, bilhetes na mão e uma ótima viagem!

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